domingo, 4 de maio de 2008

RAÍZES FECUNDAS

...e após a consolidação do capitalismo como regime político e social hegemônico em quase todo mundo, entramos numa nova era da nossa história: a pós-modernidade. Esta que por sua vez, auxiliada por sua parafernália tecnológica, dissimula a condição subserviente das grandes massas globalizadas através da ilusória posse de bens de consumo que como pano de fundo, é proliferado pelos meios de comunicação de massa.
Sendo assim, dentro de um sistema capitalista, as formas de prazer e entretenimento são moldadas de acordo com as fronteiras erigidas acintosamente pelas ¨novas corporações de oficio¨. Vivemos, portanto agregados a tais formas de conduta hedonista. Os ¨realiy (?)¨shows atraem todos os holofotes da sociedade pós-moderna, pois são atrativos grávidos de imposições de vulgaridade sistemática, como por exemplo: concorrência exacerbada por liderança, utilização de métodos maquiavélicos de alcance do poder, articulações em grupos por objetivos individuais e um rígido controle das ações consideradas fora dos padrões imposto(sutilmente) pela indústria televisiva em questão. Seria esses programas uma ¨teatrização¨ repetitiva do palco real, cotidiano, onde os atores enceram, de forma viciosa, a peça trágica que constitui a nossa própria história?
A assimétrica social, sancionada por este ideário excludente, constrói barreiras intransponíveis entre as classes sociais. Vagarosamente, os movimentos sociais opositores tomam características sistemáticas de reprodução da doutrina liberal e adequam-se aqueles que, supostamente, outrora o combatiam. A atrofia mental, presente nos meios de comunicação, não se restride somente á esfera deste meio, haja vista que também se impregna despoticamente no meio sacro-religioso, como por exemplo: a teologia da prosperidade, a usuras cometidas na Idade Média que resultaram na corrupção da Igreja Moderna e alienação maquiada de fiéis. O cristianismo tem se desvencilhado dos seus princípios comunais da Igreja Primitiva e das Comunidades Ágape (Atos 2.44-46 e 4.34-37 Mateus 6.19-21) e se rendendo aos deleites da pós-modernidade.
Tendo em vista os tópicos apresentados, pode-se fazer as determinadas reflexões: até quando as raízes (auto-destruitivas) deste organismo doentio estará em evidência na organização social contemporâneo? Até quando haverá a comercialização da fé? Até quando as igrejas funcionarão como fundos lucrativos de investimento?Até quando os cristãos se preocuparão em construir templos luxuosos para abrigar suas vaidades? Até quando as igrejas negligenciarão a alforria dos cativos e oprimidos? Até quando? Somente nós podemos responder...

Nenhum comentário: