segunda-feira, 10 de março de 2008


disturbios da mente

Cai a tarde sobre as ruas e a noite promete ser longa, nos becos se esconde mistério, tem entulho nas latas de lixo, alguém beirando a fogueira, sobre o corpo existe jornais, os olhos contemplam as chamas e o álcool lembranças os traz, o sereno envoca a madrugada e a noite se torna cruel pelos brilhos das trevas é o medo sentimento que mais atrofia, em comum com o passar dos tempos mas horas não parecem passar o silêncio retarda os ouvidos com disparos de uma arma de fogo, pobre infeliz tomou um tiro na cabeça morreu sem saber porque agonia de gritos sem rumo alimentam distúrbios da mente veias que dilatam a face sobrevoam moscas o sangue e misturam vários odores álcool carne e em decomposição, cinzas que antes em brasas aqueceu esse corpo gelado, agora o sombrio da noite entristece olhares ocultos e encaminham a humanidade ao abismo escuro e sem fundo

Nenhum comentário: